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O Barbeiro de Cedilha

A barba na óptica do utilizador

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A barba em tempos de pandemia

na óptica do utilizador, 31.07.21

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Com a pandemia e o confinamento, as nossas rotinas foram totalmente modificadas, inclusive as de nosso cuidado pessoal. Com as barbearias encerradas, tínhamos que nos arranjar sozinhos para tratar e aparar a barba. 

A propósito, deixamos aqui a indicação de uma extraordinária e imprescindível ferramenta que nos pode apoiar em momentos mais complicados a Panasonic ER-GD60

Um milagre!

 A desaceleração e o “novo normal” trouxeram-nos as máscaras, que são sem dúvida uma forma de garantir a saúde de todos, mas a verdade é que usar máscara com barba não é exatamente o par mais confortável do mundo.

O pânico inicial levou muitos a demonizar a barba, que foi acusada de ser um reservatório perfeito do maldito vírus. Naqueles primeiros momentos, um infográfico da instituição americana CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças) tornou-se viral, mostrando todos os estilos de barba válidos e inválidos para usar com a máscara.

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Resumindo: apenas bigodes que não ultrapassem as laterais das máscaras são válidos.

A realidade é que este infográfico foi feito em 2017 e era destinado a profissionais de saúde que costumam usar máscaras do tipo N95 que devem estar totalmente coladas no rosto.

O que dizem os especialistas?

De acordo com Carrie L. Kovarik, professora de dermatologia do Hospital da Universidade da Pensilvânia, não há evidências científicas de que a barba promova a disseminação do vírus. A certeza é que o vírus se espalha por meio de gotículas respiratórias, principalmente por meio da tosse ou espirro de uma pessoa infectada.

Kovarik aponta que “se alguém espirra na sua cara, [o coronavírus] pode instalar-se em qualquer lugar: no nariz, na barba, em qualquer lugar” e acrescenta: “o problema não é a barba, é o contacto próximo com outras pessoas ou ter gente a espirrar ou a tossir”. Na mesma linha de Kovarik, o professor emérito John Swartzberg da Escola de Saúde Pública da UC Berkley, escreve que “pessoas com barbas poderiam 'teoricamente' transferir o vírus através dos pelos faciais se, por exemplo, uma pessoa infectada tossisse para a barba. No entanto, reconhece que nenhum estudo foi realizado sobre o assunto e que ele não conhece "nenhuma ciência que apoie" essa possibilidade.

O que podemos fazer para usar a máscara e não dizer adeus à barba?

Levando em consideração que as máscaras que as autoridades de saúde recomendam para a população comum são cirúrgicas, não há necessidade de se prescindir da barba. Estas máscaras não requerem sistema de selagem na pele, como acontece com as máscaras N95, destinadas a profissionais de saúde, para que possam conviver perfeitamente com a barba. Carrie L. Kovarik insiste que “a única coisa necessária é que ele se encaixe na boca e no nariz e se encaixe atrás das orelhas. Não requer selo hermético ".

Agora, barbudos ou não, as recomendações dos médicos são claras: quando usarmos a máscara, não devemos tocar no rosto, nos olhos ou no nariz e, ao retirá-la, desinfectar as mãos. Lembre-se também que seu tempo de uso não deve ultrapassar 4 horas. 

Como proceder para cuidar da barba quando usamos uma máscara?

Como sempre o fizemos antes de ter de a usar!

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Quatro sugestões para umas férias barbudas

na óptica do utilizador, 30.07.21

Desde sempre que a barba molda o formato do rosto, mudando logicamente o modo como somos percebidos pelos outros.

Não é descabido entender a barba como um movimento cultural. Para provar e desenvolver esta perspectiva, é importante conhecermos quatro livros essenciais que aprofundam esta abordagem.   

A Book of Beards 

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Retratos, de James Muir.

Quando o fotógrafo se muda para West Chester na Pensilvânia encontra muito mais homens com uma barba do que em qualquer outro lugar.
Começa a documentar, a preto e branco, aquelas barbas. Primeiro as dos amigos e depois estranhos na rua.

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Quando foi diagnosticado um cancro a um amigo, Muir, para angariar dinheiro para os tratamentos, transformou este projecto pessoal num livro. Todos os Direitos de Autor foram destinados aos tratamentos do doente, que resistiu. Os Direitos passaram então para a Sociedade de Leucemia e Linfoma.

No Sin Mi Barba 

Uma visão completa da barba na actualidade e com muito bom-humor num estilo almanaque.

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Um verdadeiro tratado sobre a barba nos dias actuais que reúne reflexões, conselhos e anotações, dos espanhóis Carles Suñé e Alfonso Casas.

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Of Beards and Men

Sobre Barbas e Homens. Este é também um livro de retratos do fotógrafo Joseph OLeary, lançado em 2013.

No livro, o autor confessa que os primeiros testes que fez com retratos de barbudos estavam tecnicamente correctos, mas que no final, a obra parecia um catálogo de estilos diferentes de barba. Não era essa a ideia.

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Foi quando começou a pedir para que os barbudos que aceitavam o convite para serem fotografados trouxessem para o estúdio um objecto pessoal, uma roupa, um instrumento, qualquer coisa que falasse mais sobre quem eles são e o que fazem.

E foi aí que o livro deixou de ser sobre barbas com estilos diferentes e passou a ser sobre a personalidade de cada homem. A barba passou a ser um elemento dessa personalidade.

A Filosofia das Barbas

Publicado pela primeira vez em 1854 na Inglaterra, em plena era Vitoriana.

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Alguns pontos de vista, como é evidente, estão datados e marcados com uma visão machista do universo barbudo.
Mas é importante como um registo histórico e pela pesquisa que Thomas Gowing, autor do livro, fez sobre a história da barba ao longo da evolução da humanidade e o que ela representou em cada época para egípcios, judeus, babilónicos, turcos, gregos, até o século XIX quando o livro foi escrito.

São quatro sugestões de férias que valem bem que lhes dediquemos a atenção que merecem. 

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Amish

na óptica do utilizador, 29.07.21

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Quando ouvimos falar da barba Amish, provavelmente imaginamos algo longo e desleixado. É completamente errado. Uma barba Amish torna-se uma óptima opção para homens que querem esconder o queixo saliente ou fazer um queixo quadrado mais macio.

Criar uma barba Amish é muito fácil se seguires algumas regras simples e tiveres muita paciência.

Primeiro de tudo, precisas deixar crescer um “esboço” de pleno direito. Apara cerca de 4/5 mm. Faz limites superiores e inferiores tendo em consideração as linhas faciais naturais. O pêlo tem de ter todo o mesmo comprimento. Escanhoa com cuidado por baixo do lábio inferior, bem como no pescoço, lábio superior e bochechas.

Agora estás pronto para começar a cultivar uma longa barba. Deixa crescer naturalmente e não te esqueças que as barbas Amish variam em comprimento. Podem manter-se relativamente curtas, ou tocarem no peito.

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É evidente que uma barba Amish se transforma rapidamente num caos, se não a cuidares. Se optares por uma Amish muito longa, cria o hábito de a cortar regularmente. Vai ao barbeiro pelo menos uma vez a cada dois meses para um acabamento correcto e alguns conselhos sobre manutenção.

A longa barba Amish precisa de ser aparada e penteada regularmente. É a mais problemática das barbas, tendo em conta que facilmente adquire uma aparência descuidada.

Lembra-te: com a Amish perdemos muito rapidamente a capacidade de atrair se apenas ganhamos em comprimento desleixado.

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A linha do pescoço

na óptica do utilizador, 28.07.21

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Tempos houve em que ninguém se preocupava com a forma e o comprimento da barba. Se alguém quisesse ter barba, deixar crescer era o suficiente.

Mas não é o suficiente.

É exactamente por isso que o desenho da barba, sobretudo a linha do pescoço, deve ser cuidadoso. Se a descurarmos, sugerimos desarranjo e acabamos por ter uma aparência negligente.

Durante as primeiras semanas do processo de crescimento, a barba pode começar a parecer desagradável e provavelmente sentiremos vontade de a retirar de uma vez por todas. É, reforçamos, necessário sermos muito pacientes com o processo. Se decidimos usar uma barba longa, a linha do pescoço deixa de ter uma importância decisiva. No entanto, se quisermos que a barba fique curta, então é necessário que nos certifiquemos de que a moldamos adequadamente e que consideremos fundamental a linha do pescoço.

Como desenhar a linha do pescoço?

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Pega na tua navalha ou na máquina de barbear e, na frente do espelho, visualiza uma linha que ligue ambas as orelhas. Começa a trabalhar externamente a partir do ponto médio acima da maçã de Adão e define a linha até um lado da orelha. Quando terminares, volte para o meio e repete o processo no outro lado.

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Como descobrir quando é o momento certo para aparar a barba?

A resposta é simples: quando o pêlo atinge cerca de 3 mm. É hora do aparador começar a zumbir.

Recapitulemos: A linha do pescoço é executada de duas formas.

1. Desenhando uma linha curva que liga ambas as orelhas. Começando de um ouvido até à maçã de Adão e terminando no segundo ouvido.

Para identificar o local onde a linha se produz, podes colocar dois dedos acima da maçã de Adão (pode variar de pessoa para pessoa, dependendo da localização da maçã de Adão e da largura dos dedos).

2. Escanhoa abaixo dessa linha.

Mais simples não se encontra.

 

Nota - Se tiveres um “queixo duplo”, usa uma barba curta e deixa os pêlos crescerem nas laterais do queixo para fazer com que se encontro o equilíbrio do bom disfarce.

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