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O Barbeiro de Cedilha

A barba na óptica do utilizador

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Quatro sugestões para umas férias barbudas

na óptica do utilizador, 30.07.21

Desde sempre que a barba molda o formato do rosto, mudando logicamente o modo como somos percebidos pelos outros.

Não é descabido entender a barba como um movimento cultural. Para provar e desenvolver esta perspectiva, é importante conhecermos quatro livros essenciais que aprofundam esta abordagem.   

A Book of Beards 

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Retratos, de James Muir.

Quando o fotógrafo se muda para West Chester na Pensilvânia encontra muito mais homens com uma barba do que em qualquer outro lugar.
Começa a documentar, a preto e branco, aquelas barbas. Primeiro as dos amigos e depois estranhos na rua.

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Quando foi diagnosticado um cancro a um amigo, Muir, para angariar dinheiro para os tratamentos, transformou este projecto pessoal num livro. Todos os Direitos de Autor foram destinados aos tratamentos do doente, que resistiu. Os Direitos passaram então para a Sociedade de Leucemia e Linfoma.

No Sin Mi Barba 

Uma visão completa da barba na actualidade e com muito bom-humor num estilo almanaque.

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Um verdadeiro tratado sobre a barba nos dias actuais que reúne reflexões, conselhos e anotações, dos espanhóis Carles Suñé e Alfonso Casas.

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Of Beards and Men

Sobre Barbas e Homens. Este é também um livro de retratos do fotógrafo Joseph OLeary, lançado em 2013.

No livro, o autor confessa que os primeiros testes que fez com retratos de barbudos estavam tecnicamente correctos, mas que no final, a obra parecia um catálogo de estilos diferentes de barba. Não era essa a ideia.

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Foi quando começou a pedir para que os barbudos que aceitavam o convite para serem fotografados trouxessem para o estúdio um objecto pessoal, uma roupa, um instrumento, qualquer coisa que falasse mais sobre quem eles são e o que fazem.

E foi aí que o livro deixou de ser sobre barbas com estilos diferentes e passou a ser sobre a personalidade de cada homem. A barba passou a ser um elemento dessa personalidade.

A Filosofia das Barbas

Publicado pela primeira vez em 1854 na Inglaterra, em plena era Vitoriana.

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Alguns pontos de vista, como é evidente, estão datados e marcados com uma visão machista do universo barbudo.
Mas é importante como um registo histórico e pela pesquisa que Thomas Gowing, autor do livro, fez sobre a história da barba ao longo da evolução da humanidade e o que ela representou em cada época para egípcios, judeus, babilónicos, turcos, gregos, até o século XIX quando o livro foi escrito.

São quatro sugestões de férias que valem bem que lhes dediquemos a atenção que merecem. 

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