Pouco barbudos

Não é correto aproximar as barbas do excêntrico, do macho alfa ou mesmo do durão pouco acessível e demasiado tatuado para agradar aos mais cândidos.
A barba é um “acessório” que se liga ao culto da masculinidade sem preconceitos e sobretudo a uma visão de vida e a vivências completamente despojadas de pedregulhos mentais.
Os barbudos nunca tiveram medo das suas fragilidades.
Há, no entanto, e como seria de esperar, os barbudos cujas vidas se guiam por conceitos obsoletos, por preconceitos anacrónicos e por uma rigidez mental adversa e contrária à filosofia dos que encontram no uso barba uma forma de derrubar alguns limites, respeitando sempre os limites dos outros. Não podemos esquecer nestes casos antagónicos que a barba deixa então de ser um retrato, ou uma pista para a identificação de grupo, tornando-se apenas uma pilosidade evitável e gratuita. Por muito barba que tenham, serão sempre os pouco barbudos.