Mofo e rendas velhas
Começa a Primavera com hesitações e lapsos de pouco respeito.
Chove e faz frio num dia, para que o seguinte atinja os 27°C.

O primaveril governo não esconde os passarinhos e num acto de frontal simulacro de coragem e bafio, mofo e imbecilidade bolorenta, altera a imagem administrativa criada pelo extraordinário designer Eduardo Aires que já é candidata a prémio internacional.
Para alegria de Guta Moura Guedes, que se considera especialista em design, a imagem desrespeita a identidade portuguesa e mais uma data de tolices para compor o ramalhete.
O governo de Montenegro infelizmente concorda e em vez de se preocupar com a imagem de salteadores, ladrões, genocídas e escalvagistas que se espalha pelos manuais sobretudo americanos e brasileiros que tentam narrar a história portuguesa e retratar os avoengos das descobertas, fica ofendido porque a identidade gráfica criada é altamente internacional e cumpre todos os requisitos exigidos pela era digital, mas não tem o mofo que se deseja, nem fica agachada perante "coisas" mais extremas.

A imagem gráfica de Eduardo Aires não toca em nenhum dos símbolos portugueses que estão protegidos pela Constituição. Não altera a história narrada, não altera os castelitos, não mexe com a esfera e deixa as quinas em paz.
É um identidade puramente administrativa que se adapta ao presente e ao futuro digital, como todas as novíssimas imagens administrativas de quase todos os países europeus, do Brasil e mesmo dos Estados Unidos que se arrepanham todos quando se amarfanha a bandeira que enfeita todos os alpendres americanos.
O logotipo criado recentemente (que agora é substituído pelo antigo todo confuso e da responsabilidade de Passos Coelho), para além de muito bonito, está perfeitamente adaptado às novas linguagens gráficas e de comunicação digital.
É lamentável que o novo governo entenda que é especialista em design gráfico. Mais valia deixar a passarada borrar as suas barbas tão recentes.