Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

O Barbeiro de Cedilha

A barba na óptica do utilizador

1.png

"Antifa"

na óptica do utilizador, 09.10.25

.

O presidente Donald Trump disse nesta quarta-feira a influenciadores do movimento MAGA que entreguem os nomes das pessoas suspeitas de pertencer ao “movimento terrorista antifa", ao diretor do FBI, Kash Patel, e à procuradora-geral, Pam Bondi, para que sejam processadas.

As declarações de Trump ocorreram durante uma mesa-redonda na Casa Branca sobre o movimento Antifa. Participaram da reunião vários membros do gabinete, incluindo Patel, Bondi, a secretária do Departamento de Segurança Interna, Kristi Noem, e o conselheiro sénior da Casa Branca, o sinistro Stephen Miller.

Em determinado momento, o influenciador MAGA Nick Sortor contou a Trump que salvou uma bandeira americana em chamas enquanto reportava nas ruas de Portland, Oregon. Trump respondeu que o homem deveria entregar a Bondi o nome da pessoa que a estava a queimar, para que “possamos iniciar as acusações.”

Segundo sabemos, a História dá nota dos primeiros “antifas” em 1945, a lutar contra NAZIS.

.

Manual de instruções para desastres diplomáticos

na óptica do utilizador, 02.10.25

.

A escolha de Tony Blair para mediador de paz em Gaza é a prova de que o comité de nomeações do Quarteto para o Médio Oriente tem um apurado e bastante negro sentido de humor. É uma decisão tão lógica como nomear um pirómano para chefe dos bombeiros ou um lobo para gerir a segurança de um rebanho de ovelhas.

Blair, veterano dos labirintos diplomáticos, surge para liderar a “Autoridade Internacional de Transição de Gaza”, estrutura desenhada à semelhança dos grandes clássicos: Timor-Leste, Kosovo e, com sorte, um conselho de condomínio em Massamá. 

Do lado israelita, um antigo chefe do Mossad afirmou adorar a ideia, porque “quem já fez tanta confusão sabe reconhecer confusões novas”. Do lado palestiniano, alguns sugerem que o nome Blair ainda provoca arrepios. A memória do Iraque ainda está fresca e não há tempo de fazer terapia colectiva.

Quem melhor para apagar um incêndio do que alguém com uma vasta e comprovada experiência em manusear gasolina perto de chamas abertas? Afinal, o seu currículo inclui a "pacificação" do Iraque, um sucesso tão retumbante que, ainda hoje, os ecos da tranquilidade que por lá instaurou ressoam por toda a região. A sua capacidade para encontrar armas de destruição maciça onde elas não existem é, sem dúvida, uma competência transferível para encontrar soluções de paz onde parecem impossíveis.

Fontes anónimas e totalmente fictícias sugerem que a sua primeira proposta será a apresentação de um PowerPoint com um "dossier irrefutável" sobre a necessidade de uma "intervenção pacificadora preventiva". Espera-se que, com a sua lendária capacidade de persuasão, consiga convencer ambas as partes de que a única solução é renderem-se a uma lógica que mais ninguém entende. A comunidade internacional aguarda, com um misto de espanto e pipocas, os resultados desta nomeação. Se a paz não for alcançada, pelo menos teremos garantido entretenimento geopolítico de alta qualidade.

Gaza, tradicionalmente conhecida como palco de tudo menos consensos, prepara-se para receber Blair exactamente da mesma forma que uma pastelaria recebe o nutricionista da ASAE: “Venha, mas não mexa nas receitas!” O plano de paz de Trump, com Blair a liderar e Kushner nos bastidores, estima resolver o conflito em cinco anos, ou “num prazo compatível com as marés e os astros infernais da política internacional”.

Diz-se nos corredores diplomáticos que, depois deste espectáculo, até a velha pomba de origami da ONU vai pedir licença para emigrar. Mas pelo menos, ao ser tudo transmitido em directo, será garantida uma boa série de memes para animar a próxima década.

No entanto, uma coisa é certa: se a paz em Gaza depender do talento de Blair para “convencer” os dois lados a confiar no mediador, talvez seja melhor começar já a imprimir cartazes a dizer “olha! Foi o que se arranjou!”.

.

The beast

na óptica do utilizador, 16.08.25

.

O pastor nacionalista cristão Joel Webbon diz que a América está sob o domínio do "malígno". Deus não abençoará a nação até que as mulheres sejam forçadas a deixar todas as posições de liderança: "Chega de mulheres no Congresso. Chega de deputadas estaduais. Chega de mulheres em qualquer função de liderança social."

Chega.

Joel Webbon é o pastor da igreja de J.D. Vance. 

Hallelujah!

.

Evidências

na óptica do utilizador, 14.08.25

.

O Smithsonian - Museu do Holocausto - fechará por 6 meses para "se coadunar com as prioridades da administração". A Casa Branca anunciou hoje que o Museu do Holocausto fechará enquanto os curadores reorganizam as exposições para reflectir uma visão mais subtil de Adolf Hitler, para além da Segunda Guerra Mundial. "Achamos que as exposições actuais ignoram as suas conquistas, impulsionando a produção de automóveis, construindo rodovias e reduzindo o desemprego a níveis nunca vistos." Karoline Leavitt disse que as mudanças ajudarão os visitantes a "ver os dois lados de um homem complexo". 

.