O Barbeiro de Cedilha

Há variadas formas de atacar os atacadores.

Não é necessário cumprir as regras que chegam das sapatarias e apertar botas e sapatos de acordo com que as normas e as rotinas.

Como somos camaradas de armas e de barbas, fomos buscar alguns esquemas que permitem laçadas mais arrojadas.

Não têm de quê.

É muito provável que possa encetar alguma controvérsia (muito pouco produtiva, dada a pouca importância do assunto), mas podemos com facilidade aprovar as sugestões “angulares” expressas na imagem. Pelo menos, a possibilidade de patentearmos uma barba desleixada e sem controlo diminui drasticamente.

É provável que cometas um destes erros com a barba. Principalmente se é recente a tua decisão de a deixar crescer.

Não vale a pena ouvirmos repetir que é este ano que a barba abandona o trono que ocupa há já muitíssimo tempo. A verdade é que vamos continuar a ver barbudos seja onde for e custe o que custar às séries, aos filmes, ao Youtube e todas as nossas ruas repletas de caras comuns. A ciência sugere que os pelos faciais estão imbuídos de mensagens sociais e podem ter um papel importante na vida amorosa de um homem.

Investigadores da Universidade de Queensland, na Austrália, decidiram investigar o papel da barba – se é que há algum – na atração sexual, na masculinidade e nos relacionamentos, sejam curtos ou duradouros.

A equipe juntou dados de 8.250 mulheres, que foram divididas em três grupos.

As imagens mostravam os mesmos homens com mais ou menos barba.

As respostas que foram publicadas na revista científica “Journal of Evolutionary Biology”, variavam dependendo do que as mulheres estavam à procura, mas, em geral, disseram que os homens mais atraentes eram os que tinham uma barba mais cheia, seguida da barba mais curta.

Já na hora de escolher um parceiro de longo prazo, quanto mais pelos, melhor.

Os autores do estudo sugerem que as escolhas têm em consideração “a habilidade de um homem para competir por recursos”.

Mas não importa assim tanto a opinião das outras pessoas. Mais vale usar barba meramente por prazer e gosto.

Mas será que sabemos como cuidar dela?

Vamos então aos erros:

Não lavar a barba

Este é um dos principais erros com a barba que provavelmente mais se comete. 

É preciso lavar a barba todos os dias! Os pelos acumulam demasiadas impurezas e, por isso, algumas barbas mal lavadas chegam a ficar com mau cheiro. Não cometas esse erro. Usa os dedos para esfregar o shampoo para barba na pele e, pelo menos, uma lavagem por dia para que o teu rosto fique limpo e bem cuidado.

Barbear a seco

Carles Suñé, jornalista catalão criador do portal No sin mi barba, explica: “para fazer a barba, não há outra maneira: abrir a torneira. Se ousares fazê-la a seco, vais ficar dois dias com o rosto vermelho vivo.”

O calor enfraquece o pelo e a lâmina desliza com mais facilidade. O ideal é tomar duche antes e já ficar com os poros abertos.

Porém, mesmo com vários cremes e espumas de barbear existentes no mercado, alguns homens ainda praticam a arte de se barbear no seco. A a dermatologista Anelise afirma “nada de se barbear a seco. Isso traumatiza mais a pele e o pelo pode encravar.” e continua: “Desinfecta sempre as lâminas, pois podem acumular fungos. O ideal é trocar pelo menos semanalmente uma lâmina de barbear. Antes de se barbear, use um sabonete antisséptico para diminuir as bactérias”.

Passar continuamente a mão pela barba

De acordo com a dermatologista Anelise Ghideti, em entrevista ao programa "Bem Estar": “passar a mão na barba também não é bom. As nossas mãos têm glândulas que produzem sebo para as lubrifica. Se passarmos a mão a toda hora na barba ou no cabelo, esta oleosidade passa. E oleosidade em excesso pode produzir caspa”. Usa um pente ou uma escova para barba de preferência de madeira.

Acresce que se não lavas as mãos antes de as passar na barba, tens um prato cheio para bactérias e outros bichinhos para depois.

Fazer a barba no sentido contrário ao crescimento do pelo

Alguns homens ainda cometem o erro de barbear cortando os fios do lado contrário ao nascimento. Este erro pode fazer muito mal para a pele, afinal é como se a lâmina estivesse a  cortar tudo o que tem  pela frente.

O resultado é um rosto bastante irritado, podendo causar inflamações e até mesmo o surgimento de pelos encravados.

Igualar as patilhas

A primeira coisa que você tens de fazer para conseguir deixar as as patilhas com o mesmo tamanho é não confiar no teu rosto. Acima de tudo, desconfia da altura das orelhas, que é o que normalmente se usa como referência visual na hora de dar forma às patilhas.

“É preciso traçar uma linha imaginária saindo do nariz e calcular a partir daí”, diz Carles: “também pode tentar colocar os dedos na área de corte a partir da altura da orelha, mas como não somos simétricos, costuma haver falhas”.

É importante não estimar a altura a olho e fazer uma espécie de estudo pessoal das suas dimensões.

É difícil não errar, mas com com a prática e testando diferentes alturas acabamos peritos e com patilhas tão perfeitas como as do Elvis.

Se cometes todos os erros que se referiram, então é bem melhor que rapes o que está claramente a mais. 

Na raiz de cada fio da barba (e também dos pelos do corpo e cabelo) existem os melanócitos, células que funcionam como uma fábrica de pigmento natural, uma oficina que produz a melanina, substância responsável pela cor do cabelo, barba e restante pilosidade.

Existem basicamente dois tipos de melanina:

Eumelanina: responsável os tons mais escuros.

Feomelanina: responsável pela cor mais clara.

Essa combinação dos dois dá os tons da barba dependendo, claro, de quanto tens de cada um destes tipos.

Com o passar dos anos, a produção da melanina diminui naturalmente. Daí o embranquecer dos pelos.

No início do processo  podemos sentir alguma estranheza (somos, quer queiramos, quer não, condicionados a olhar os cabelos brancos como algo a evitar por sinal de envelhecimento. Não é à toa que existem tantas tintas no mercado.

Mas é importante e cada vez mais usual o assumir da nossa aparência natural.

Cada barba é única, tem uma característica só sua, seja na cor, na quantidade dos fios ou na forma em que eles crescem. Entender como ela é de facto e cuidar pra que ela cresça saudável, é que se deve valorizar besta história das colorações.

É DE HIDRATAÇÃO QUE ELA PRECISA

Quando a barba fica branca tende também a ficar mais seca e quebradiça.

Nesse estágio a hidratação é mais importante que nunca, principalmente se pretendes deixar a barba crescer ou já tens uma barba grande.

Lembra-te que barba e cabelo são diferentes e pedem cuidados distintos. Evita usar um shampoo para cabelo no rosto. Normalmente contêm “tensoactivos” que funcionam bem no couro cabeludo, mas no rosto removem a hidratação da pele e podem secar e fazer quebrar ainda mais os fios da barba.

O ideal é usar um shampoo para barba diariamente seguido de um condicionador de barba. Estes sim têm fórmulas pensadas para serem usadas no rosto com a função de limpar sem secar a pele e ainda devolver a maciez aos fios da barba.

Para finalizar, usa sempre um óleo de barba. O óleo hidrata os fios mais secos e duros da barba branca e cria uma camada protetora que evita o as agressões do dia.

ASSUMIR A COR NATURAL E EVITAR O AMARELECIMENTO

Esta é uma decisão muito pessoal, claro. Se queres pintar a barba e achas que fica melhor assim, vai em frente. Mas pelo menos procura produtos mais naturais, sem químicos pesados.

A maioria das tintas deixam a barba ainda mais seca e prejudicam a saúde dos fios, para além de raramente serem produzidas para serem usadas com segurança no rosto.

Por isso, recomendamos o assumir dos fios brancos. Cuidemos bem deles exatamente como são.

O cigarro, o fumo, poluição, por exemplo, contribuem para a oxidação dos pelos brancos que acabam amarelecido. A boa notícia é que é fácil mantê-los hidratados e com a cor natural usando  shampoo e condicionador específico para barbas brancas que têm na fórmula um matiz que neutraliza os tons amarelados e devolve a cor natural, realçando os tons de branco e grisalho dos fios e não precisas ter a barba toda branca para os usar. Mesmo que seja só uma área específica que esteja grisalha, são ótimos pra manter a barba bem cuidada. Em breve vamos sugerir alguns destes "milagres". 

Embora seja muito fácil associar tatuagens a barbas, não é inevitável que esta aliança aconteça.

No entanto, é bastante curioso perceber que existe realmente uma compatibilidade e até mesmo uma cumplicidade entre um tatuador e um barbudo.

A perícia e a mestria com que é executada uma tatuagem é tão reveladora da personalidade do profissional como a escolha que o cliente faz do desenho a aplicar. Há autênticas aventuras inscritas no corpo do tatuado.

É evidente que barbas e tatuagens andaram juntas durante demasiado tempo para se tornarem aliadas. Desde as escoriações ou a escarificação, passando pelos golpes autoinfligidos, até à andorinha banal do tornozelo da menina, revelam a pele como superfície de escrita ou desenho, onde se deixam marcas indeléveis, e podem representar atitudes, circunstâncias e opções de vida significativas, ou apenas sinais sem grandes sublimações, riscados só “porque sim”.

A postura provavelmente freudiana existente no acto de tatuar e no acto de se ser tatuado, não será discutida neste momento.

Haja sol e férias.

Já que para muitos barbudos a tatuagem é quase um ritual pagão, o importante agora é reter algumas noções básicas de como lidar com estas extraordinárias formas de desenhar no corpo.

Como é feita a tatuagem?

A tatuagem é feita por meio da injecção de uma tinta específica na derme, região da pele que fica localizada abaixo da epiderme. Trata-se do uso de dispositivos que, com múltiplas agulhas, trabalham num movimento de vai e vem, perfurando a pele e inserindo a cor simultaneamente. Com isso, o pigmento fica estável na derme por ser formado por partículas grandes que não são degradadas ou absorvidas pelo organismo”. Para atingir a profundidade adequada, as agulhas usadas têm cerca de dois milímetros - caso não atinjam a derme, a tatuagem acaba por desaparecer pelo processo natural de descamação da pele.

Cicatrização da tatuagem

Ao fazer uma tatuagem muitas vezes esquecemos que, logo de início, se trata de uma ferida aberta que necessita cicatrizar. Existem 3 fases da cicatrização:

Primeira fase 

Assim que o tatuador termina o desenho, a tatuagem começa o seu processo de cicatrização. Ainda está em fase de ferida aberta e precisa ser lavada e coberta por uma película durante, pelo menos, 24 horas, trocando o curativo com frequência. Nesta fase a tatuagem poderá doer um pouco e estar inchada. A formação de crostas também é comum.

Segunda fase 

As crostas começam a descamar. É comum aparecer um pequeno prurido ao redor da tatuagem. É essencial não remover as "casquinhas" da tatuagem, já que, para além de ferir a pele, se pode remover o pigmento, para além de comprometer o processo de cicatrização. A área fica seca e dá alguma comichão. É importante por isso manter a região hidratada.

Terceira fase 

As crostas já terão saído quase por completo. No entanto, ainda existirá uma camada de células mortas sobre o desenho, o que faz com que ele tenha uma aparência menos vibrante que nos primeiros dias.

Como cuidar da tatuagem

Cuidados pré-tatuagem

Antes de fazer uma tatuagem é essencial fazer um diagnóstico dermatológico. “Se está a pensar fazer uma tatuagem, é importante realizar uma avaliação com o dermatologista para examinar a região a ser tatuada e verificar se não existe nenhuma lesão suspeita, já que a arte pode cobrir os sinais”, alertam os dermatologistas. 

Cuidados pós-tatuagem

Se acabamos de fazer uma tatuagem, é importante lembrar que é como se fosse um ferimento na pele. É essencial cuidar dela de forma adequada. “A higiene e hidratação do local, usando produtos que ajudam a regenerar, reparar e acalmar a área tatuada, são essenciais”, explicam os especialistas. No primeiro dia, é fundamental usar um "penso" plástico em volta da tatuagem. Após essa fase, para aliviar a irritação, podemos borrifar com água termal ao longo do dia, usando ao mesmo tempo dermocosméticos que ajudam a regenerar a pele sensibilizada, como o pantenol, a vitamina B5, manteiga de karité e vários outros.

Além disso, é essencial proteger a tatuagem do sol. É importante “evitar a exposição solar, manter o local limpo e usar produtos cicatrizantes. Após a cicatrização, o desenho ainda vai exigir atenção durante toda a vida. Mantê-lo nítido, com cores vivas e brilhantes é o desejo de todos e só é possível com uma hidratação adequada e fotoprotecção da pele. O sol é inimigo das tatuagens”

Produtos aconselhados

CICAPLAST BAUME B5 40ML

Hidratante Reparador Corporal - La Roche-Posay

ANTHELIOS AIRLICIUM RENO FPS70 50G

La Roche-Posay

Alergia

O que causa alergia à tatuagem?

Muitas vezes existem materiais presentes nas tintas que podem causar reacções adversas na pele. “Por conta dos corantes, as tintas coloridas geralmente provocam mais complicações do que as pretas”, explicam os tatuadores. “Ferro, alumínio ou cádmio são encontrados em algumas tintas e, muitas vezes, causam alergia”.

Quais os sintomas da alergia à tatuagem?

Além das placas vermelhas e a comichão, de acordo com os especialistas, os sintomas mais comuns são inchaço, descamação e "bolinhas". Muitas vezes o desenho acaba desproporcional, falhado ou em alto relevo.

O que fazer em caso de alergia à tatuagem?

Neste quadro, a primeira coisa a fazer é procurar um dermatologista imediatamente. “Caso o paciente apresente algum sinal de alergia, deve procurar o dermatologista para realizar uma avaliação e tratamento desse processo”.

Como lavar a tatuagem corretamente?

A limpeza da tatuagem recente não deve ser feita de qualquer modo. Em primeiro lugar, é importante escolher sabonetes antibacterianos e específicos para a pele sensibilizada. Em seguida, deve lavar e desinfectar as mãos e só então lavar a própria tatuagem com água fria a morna e sempre com muito cuidado para não inflamar a região. Depois disso, a tatuagem secar ao ar livre ou, em alternativa, tocar na tatuagem com um papel absorvente, batendo lentamente na pele para enxugar a região.

Quais os riscos que a tatuagem pode trazer à saúde?

Quem faz tatuagens não está livre de correr alguns riscos:

- Reação alérgica à tinta, podendo surgir anos após a realização do desenho na pele;
- Risco de contaminação de doenças como SIDA, Staphylococcus aureus, hepatite B ou C;
- Formação de cicatrizes com relevo, bem como quelóides;
- Inflamação do local;
- Esconder evidência de doenças na pele.

Mitos e verdades sobre tatuagem

Quem tem quelóide não deve fazer tatuagem

De acordo com os dermatologistas, quem possui um histórico familiar ou pessoal de quelóide tem um maior risco de desenvolver esse tipo de cicatriz após a tatuagem. Em consequência, os dermatologistas não aconselham a tatuagem nestes casos.

A tatuagem deve ser protegida com protetor solar de FPS alto

Para garantir máxima protecção e evitar problemas como queimaduras ou alergias, é essencial usar um factor de protecção alto a muito alto (50 a 70) na região tatuada.

Quem está em período de amamentação não pode fazer tatuagem

Claro que pode!, mas é recomendado cuidados acrescidos com a escolha do local, do profissional e a supervisão durante o procedimento. “Pouco se sabe em relação ao uso dos corantes que ficam depositadas na pele, mas não ocorre uma absorção cutânea da tinta. O bebé não corre riscos.”, No entanto, se o material estiver contaminado, há riscos de contágio que podem fazer perigar a segurança da criança. 

Não comer carne de porco depois de fazer tatuagem ... 

Não tão idiota como parece, à primeira mordidela. É verdade que a carne de porco e outros alimentos gordurosos devem ser evitados após a tatuagem já que são altamente inflamatórios e podem causar problemas na região. O ideal é ficar pelo menos 15 dias sem consumir esses alimentos.

Depois disto, estamos prontos para sofre as picadas. Convém, no entanto, repensar se daqui a duzentos anos ainda queremos que as tatuagens que fizemos todos convictos, desfilem ainda por esse mundo fora.