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O Barbeiro de Cedilha

A barba na óptica do utilizador

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Stetson

na óptica do utilizador, 21.02.24

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(Boina Hatteras - Stetson)

John B. Stetson é o responsável pela criação desta extraordinária marca.

Stetson, em1830, viaja para Colorado, nos EUA, após lhe ter sido diagnosticada tuberculose e é no Colorado que Stetson se apercebe da falta de sombra e da incapacidade de resistir à chuva dos modelos de chapéus, gorros, boinas e mesmo botas tradicionais.

Trinta anos depois, Stetson cria o seu próprio chapéu impermeável, de abas largas, e regressa a casa, à Pensilvânia, para fazer nascer um negócio que personifica a essência do espírito norte-americano e que agrada a quase todo o mundo, tornando-se o produtor de alguns dos mais icónicos, prestigiados e reconhecidos acessórios para homem.

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A loja da Stetson fica situada no Chiado, em Lisboa, e vale a pena visitar, porque uma boina é sempre um dos mais românticos, masculinos e charmosos objetos de que há memória.

As Birkenstock

na óptica do utilizador, 10.10.23

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Amadas ou odiadas, as Birkenstock já provaram que pertencem ao exigente segmento de luxo. Seja por ‘portas travessas’ ou por uma iminente aquisição.

Transcreva-se quem sabe:

“A fusão das sandálias Birkenstock com a icónica Birkin da Hermès valoriza a marca alemã, mas esta aproximação  às marcas de moda de luxo não é de agora. Desde o início da década passada que vários designers têm pegado nas sandálias da discórdia para lhes darem o seu cunho pessoal – em 2020 foi a vez da Maison Valentino, por exemplo. O que neste momento põe a Birkenstock no mapa do luxo são dois acontecimentos distintos, mas que coincidem no tempo. Na mesma semana, em fevereiro, é apresentada a Birkinstock (o ‘i’ em vez do ‘e’ não é gralha) e o fundo de investimento do grupo LVMH está a negociar a compra da marca alemã.”

Alheio a isto não será o protagonismo do calçado confortável durante o confinamento, o que abre uma janela de oportunidade para marcas como a Birkenstock criarem modelos que, sendo confortáveis, tenham a estética e a aura aspiracional dos produtos de luxo. Não é seguindo este raciocínio, porém, que um coletivo de artistas-ativistas decide criar umas Birkenstock feitas com a pele das carteiras Birkin, da Hermès, à revelia de ambas as marcas e capitalizando a semelhança fonética. O polémico coletivo MSCHF, de Brooklyn (Nova Iorque), pega em duas referências de moda opostas e cria uma coleção com base nas sandálias Arizona (as de duas tiras largas, associadas aos ditos ingleses), que pretende dessacralizar o modelo de carteira criado para a atriz Jane Birkin. Que, a propósito, é a carteira (ou mala) mais cara alguma vez vendida em leilão.

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O coletivo de artistas e criativos da marca MSCHF desfez carteiras Birkins verdadeiras para criar as Birkinstock.

Para quem não está familiarizado com os MSCHF, eles já são considerados o Banksy da cultura de consumo, com ações de guerrilha contra empresas que diabolizam (como a Amazon e o Facebook) e a destruição de produtos caros para criarem coisas novas (como os Nike com água benta na sola), que depois põem à venda. Agora, a ‘destruição criativa’ do coletivo, acrónimo de ‘miscellaneuous mischief’ (miscelânea de traquinagens), vai para outro patamar. Quatro Birkins verdadeiras em segunda mão (mais umas quantas falsas para criarem o protótipo) – nas quais os MSCHF gastam 122.500 dólares (€101.551), segundo o ‘New York Times’, são estraçalhadas para darem origem às tiras cosidas sobre as solas Birkenstock, igualmente verdadeiras. A apropriação indevida destas marcas é uma questão que ainda não foi levantada por nenhuma das partes, mas certamente dará origem a processos judiciais.

O rapper Future é um dos compradores divulgados, bem como a cantora Kehlani e um colecionador de arte anónimo.

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A escolha da Birkin é justificada por ser um símbolo de estatuto que, ao ser destruído e transformado em algo acessível, força as pessoas a questionar o simbolismo dos objetos. Passando da teoria ideológica à prática, as Birkinstock são tudo menos acessíveis. Cada par custa entre 35 mil dólares (€29 mil) e 76 mil dólares (€63 mil) - dependendo do tamanho - e é feito por encomenda até a matéria-prima estar esgotada. O preço e a excentricidade criativa justificam o perfil de alguns dos primeiros compradores já divulgados, como o rapper Future, a cantora Kehlani e um colecionador de arte anónimo. Kylie Jenner tem mais sorte (ou visibilidade planetária) e as Birkinstock foram-lhe oferecidas, apanhando boleia da notoriedade nas redes sociais de uma das irmãs Kardashian. Contas feitas, o espírito anti-sistema deste projeto acaba por beneficiar do próprio sistema, com os seus criadores a revelarem-se exímios no marketing e na comunicação.

Kyle Jenner tem mais sorte (ou visibilidade planetária) e as Birkinstock foram-lhe oferecidas.

Não é por acaso que os MSCHF, mais do que um coletivo artístico, são a marca do momento nas redes sociais, seguindo uma estratégia de apresentação de um novo produto disruptivo, duas segundas-feiras por mês. É fazendo este caminho que elevam agora a fasquia da Birkenstock, mesmo sem a marca alemã se dar como participante na criação. Ainda não está claro, no entanto, se este lançamento poderá ser uma ‘traquinice’ para valorizar a marca alemã, num espírito semelhante ao que levou à subida das ações em Bolsa da GameStop. Na mesma semana em que as Birkinstock são reveladas ao mundo, a Birkenstock deixa ‘transpirar’ a notícia que está a negociar a venda ao L Catterton, fundo de investimento que conta com a participação do LVMH e da própria holding familiar de Bernard Arnault, líder e acionista daquele que é o maior grupo de luxo do mundo.

A apropriação indevida de artigos e a ‘colagem’ a símbolos da Birkenstock e da Hermès certamente darão origem a processos judiciais.

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Segundo a Bloomberg, a Birkenstock aponta para uma avaliação da empresa entre €4 mil milhões e €4,5 mil milhões, incluindo a dívida. A L Catterton ainda se encontra em processo de condução dos procedimentos necessários para fechar a proposta, que poderá ser subida face ao ‘fénomeno Birkinstock’. É que associação das sandálias ortopédicas ao coletivo que tem um forte apelo junto dos jovens garante a aproximação a este segmento etário, que é o que mais faz crescer o consumo de luxo. Até à data nenhuma das partes se pronunciou sobre as alegadas negociações e a transação é incerta, estando previsto para os próximos meses um eventual desfecho. Caso a venda se concretize, isso significa a abertura de horizontes para a marca que começa há 247 anos com Johann Birkenstock, um sapateiro de Langen-Bergheim, na Alemanha.

O ponto de partida para o calçado ortopédico acontece com um dos seus descendentes, Konrad Birkenstock, que cria e comercializa as primeiras palmilhas flexíveis, em 1896. A invenção das palmilhas com o molde do pé e espaços para os dedos, que caracterizam as Birkenstock, essa, só se dá em 1930 e decorre de estudos e testes até chegar a um formato que melhor respeite a anatomia e o conforto. O resultado são umas palmilhas forradas a camurça, com espuma de amortecimento, camadas de cortiça, juta e látex, colocadas sobre uma sola de borracha. É a partir desta invenção que a Birkenstock faz a história do calçado ortopédico, vendendo cerca de 24 milhões de pares, em 2019. Dois anos antes já tinha aplicado o conhecimento técnico na criação de uma linha de camas, estrados e colchões, igualmente ortopédicos. Resta saber se os turistas ingleses não irão questionar a derivação luxuosa de um símbolo de conforto despretensioso.”

Catarina Nunes

Jornalista

Garantimos-lhe uma coisa:

Se umas Birkenstock o magoam, é apenas porque comprou o número errado.

O apoio da "AI"

na óptica do utilizador, 03.10.23

AI

Lemos com muita atenção o lembrete da equipa desta plataforma. O artigo relaciona-se com os direitos de autor das imagens que são usadas indiscriminadamente e sem autorização devida.

É claro que todos concordamos.

No entanto, a recomendação torna-se inútil quando nos apercebemos que existem aplicações que vivem da replicação de imagens que nem sequer passam pelo crivo da consciência cívica de cada um dos assinantes. Estas aplicações, plataformas, sites (como lhes queiram chamar) sobrevivem à custa do uso indevido de imagens de autor. Não parece que todos os replicantes estejam legalmente autorizados a reproduzir sem descanso o património criativo de alguém.

Acaba portanto por ser uma inutilidade, é insuficiente, é suceptivel de causar indiferença (e chega mesmo a ser hipócrita) reportar-nos o crime que se comete quando usamos sem autorização uma imagem que está subjugada a direitos e a devido crédito, quando há plataformas inteiras a ganhar quantidades inimagináveis de dinheiro com o processo. Parece-nos evidente que é impossível recolher autorizações dos largos milhares de autores todas as vezes que estão a ser replicados (até à exaustão e a custo zero).

Se existem programas de rastreio usados para detectar estas violações dos direitos de autor, não percebemos como deixam escapar umas "borlas" a quem vai ganhando uma vidinha de milhões.

Seja como for, para além dos sítios indicados no artigo, há sempre a consciência cívica de cada um de nós (que por acaso anda "pela hora da morte"), a hipótese de se recorrer a imagens que perderam já a possibilidade de obter ganhos a partir do seu uso (supomos que devem ter mais do 50 anos), ou recorrer à extraordinária Inteligência Artificial que nos permite obter o que quisermos, sobretudo quando sabemos pedir com jeitinho, e que produziu a imagem que encabeça esta opinião.  

DiBentto

na óptica do utilizador, 02.08.23

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DiBentto

Conhece bem a DiBentto?

São carteiras de couro feitas à mão por um barbudo.

Calma, não é para comprar a carteira, é para FAZER a nossa. Luciano DiBentto criou um curso onde ensina, passo-a-passo, desde a compra do couro até à entrega.

O curso está tão bem organizado e detalhado que é praticamente impossível não conseguirmos fazer um exemplar. DiBentto apoia-nos através do grupo no whatsapp, mas também por chamada vídeo para clarificação de dúvidas. Se mesmo assim não conseguirmos, DiBentto devolve o dinheiro.

No curso de “couraria” ou leatherworking, DiBentto ensina-nos a produzir um modelo de carteira chamado “Elegante” que utiliza diversas técnicas que podemos aplicar depois em qualquer outro. É fornecido o molde, mas aprendemos também a trabalhar sem usar moldes. Não vamos precisar de comprar um monte de ferramentas caras e difíceis de encontrar, porque Luciano demonstra como substituir instrumentos caros, por outros que até já devemos ter.

Podemos vender online o que produzirmos já que ele também ensina a montar a nossa loja.

Num momento em que é urgente começarmos a pensar no refúgio de um hobby, esta é uma sugestão a ter em conta. 

Biotina

na óptica do utilizador, 09.11.22

Fazer a barba crescer pode não ser uma das tarefas mais fáceis. Existem factores genéticos que atrasam, ou mesmo limitam, o crescimento da barba em áreas dispersas, o que é frustrante para quem deseja aqueles visuais "poderosos", como o dos vikings, por exemplo.

Dependendo de alguns casos, há uma solução: a biotina.

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Também conhecida como Vitamina B7 ou Vitamina H, a Biotina (vitamina que tem como principal função o fortalecimento e formação de tecidos) é muito utilizada para o fortalecimento e crescimento de cabelos e unhas. É também usada em quadros mais delicados, como anemia, por exemplo. A barba pode ser beneficiada da mesma forma se tivermos os cuidados certos. É uma vitamina absorvida pelo intestino, levada aos órgãos em questão através da corrente sanguínea, o que explica de algum modo os benefícios na pele, seguido dos cabelos, unhas, e no caso dos homens, a barba. A Biotina tem grande importância no organismo não apenas pelos benefícios e riscos que a falta dela causa, mas para intensificar o processo de metabolismo. Quem faz bom uso dela tem um maior equilíbrio de açúcares, gorduras e proteínas no sangue. Até como calmante ela serve!

O consumo da biotina deve ser diário, pois não é produzida pelo organismo, também não é retida, e todo o excesso é expelido pela urina. A falta dela leva a doenças como anorexia, depressão, anemia, distúrbios na visão e audição, caspa e queda de cabelo e, claro, falhas na barba.

Como adquirir biotina?

Assim como várias outras vitaminas do complexo B, podemos ingerir a vitamina H tanto através de alimentos, como directamente. O uso directo deve ser precedido de uma visita no médico para conhecermos a dosagem adequada ao organismo sem causar efeito colaterais, principalmente se o seu objetivo for aumentar o crescimento da barba.

A Solgar, na nossa opinião, comercializa-a com maior qualidade (biotina 5000 é a aconselhada).

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Mas, não esqueçamos, ingerir alimentos ricos em Vitamina H  é sempre a melhor forma de adquirir os benefícios da biotina. Um nutricionista pode direccionar-nos de forma mais adequada, guiando-nos e indicando os horários correctos de alimentação, mas podemos desde já indicar alguns alimentos ricos em Biotina: nozes, tomate, castanhas, gema de ovo, amendoim, cebola, cenoura, alface, amêndoa, couve-flor, melancia, morangos, espinafres, abacate, peixe, carne vermelha (especialmente fígado) e leite.

A carne vermelha e o leite, de todos nesta lista, são os que menos possuem biotina, enquanto as oleaginosas (amendoim, amêndoa, castanha e nozes) são as que possuem mais. Como a quantidade ideal da vitamina depende da sua altura e peso, procure aconselhar-se com um nutricionista.

E o resultado é uma barba cheia e bem trabalhada.

Mas aqui vai um aviso importante: para quem, por questões genéticas, não tem pêlos faciais volumosos, os resultados podem não ser os esperados. Não há que iludir, a barba pode ficar completa no rosto, mas nunca igual a de um viking.